Nós, seres humanos, fomos dotados da capacidade totalmente divina de amar, de sentir afeição, desejar cuidar bem de outro alguém. Digo uma capacidade divina porque o amor em suma, na sua essência verdadeira foi criado para nos fazer bem, nos fazer seres humanos completos.
O amor nos leva a ter atitudes que para as outras pessoas são vistas como loucas.Desejamos de tal forma o melhor para o objeto de nossa afeição que não poupamos esforços para que esse alguém sinta-se bem e feliz.
Dessa mesma forma, o amor Divino tem sido muitas vezes incompreendido, afinal, que indivíduo, em sã consciência, entregaria a própria vida em favor de seres humanos que por tantas vezes o rejeitaram, o maltrataram, fizeram chacota de suas atitudes, e mesmo aqueles que o seguiam de perto, negaram conhecê-lo? Que ser humano seria capaz de negar suas próprias dores e prosseguir enquanto era açoitado, cuspido, apontado como um criminoso, quando, na verdade, e ele tinha consciência disso, foi o único homem a não cometer pecado algum... Que ser humano aguentaria, calado, ouvir injúrias, difamações e mentiras cruéis, que acabariam condenando-o a morte, simplesmente por amor...
Na verdade não foram as acusações contra ele que o condenaram, eram os nossos pecados, as acusações contra nós que ele tomou para si, doando-se, entregando-se à maior vergonha que alguém poderia passar em sua época, morte de cruz, morte para assassinos, ladrões, criminosos...ele, porém, não atentou para isso, ele olhou para você, para mim, e pensou: "Vale a pena, porque um dia esse meu filhinho vai perceber que precisa de mim. Vale a pena, porque eu os darei a liberdade de escolher viver, e não morrer eternamente. Vale a pena, porque eu os amo, eles são minhas criaturas e serão meus filhos um dia, eu sei que serão. Vale a pena, e eles dependem de mim ! " Ele em momento algum pensou em si, mesmo em seu último suspiro, no ápice de sua dor, era em nós que ele pensava e acreditava. Ele sabia, o tempo todo, que um dia nós poderíamos decidir viver com ele e para ele, e por isso, valeria a pena, mesmo que nós fôssemos pouquíssimos.
Não era nada além de amor, o maior e mais incompreendido amor que existiu e poderá existir, o mais perfeito, o mais sincero, o amor essencial para que hoje nós pudéssemos ser livres.
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
João 15.13
Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos , mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
I Coríntios 5. 14-15
